quarta, 9 de dezembro de 2015
O presidente
do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto,
Sobrinho Simões, mostra-se "muito contente" por ter sido eleito o
patologista mais influente do mundo e disse esperar que aumente o interesse
naquela especialidade.
"É evidente que fiquei muito
contente exatamente por ser uma votação entre pares, de todo o mundo, em que há
100 nomeados e muitas das pessoas são patologistas que eu admiro imenso",
afirmou Sobrinho Simões, no dia em que foi conhecida a publicação da primeira
lista dos 100 patologistas mais influentes do mundo pela revista “The
Pathologist”, escreve a Rádio Renascença.
Questionado sobre a importância
desta votação para a patologia portuguesa, o investigador disse que há poucos
patologistas em Portugal e "cada vez em menor número porque é uma
especialidade muito difícil, não se ganha muito bem e é muito exigente".
"E, portanto, a visibilidade
da patologia dada agora por esta eleição e sendo em Portugal e sendo a primeira
vez, essa noção de que nós somos capazes de competir internacionalmente e de
ser conhecidos torna interessante a profissão para jovens médicos quando estão
a escolher a profissão e esperamos que isto possa ser usado como chamariz para
aumentar o recrutamento de bons patologistas", acrescentou Sobrinho
Simões.
Entre as frases dos eleitores sobre
o médico português selecionadas pela revista pode ler-se que Sobrinho Simões
"contribuiu mais do que qualquer outra pessoa para a visibilidade da
patologia na Europa" e que se trata de "um cientista proeminente de
um pequeno país com poucos recursos, fundador de uma instituição proeminente
que faz a diferença, sem sair do seu país".
O professor da Faculdade de
Medicina da Universidade do Porto (FMUP) sublinhou que terá ganhado
"muitos votos a partir da Turquia, da Roménia, da Sérvia, do Brasil, da
Colômbia", por exemplo, por serem países de onde provêm muitos
patologistas que passam pelo Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da
Universidade do Porto (IPATIMUP) e pela FMUP, locais "de acolhimento de patologistas
de muitos sítios".
Na lista encontram-se outros dois
nomes ligados ao IPATIMUP como o da também antiga presidente da Sociedade
Europeia de Patologia Fátima Carneiro e o de Jorge Reis-Filho.
Sem comentários:
Enviar um comentário